Mulheres com polimorfismos da MTHFR têm maior dificuldade em engravidar
Atualizado: 18 de ago. de 2020

Quando uma mulher pretende engravidar e tem polimorfismos da MTHFR, especialmente na posição c677t e em simultâneo possui níveis elevados de homocisteína, tem maior dificuldade de implantação, abortos espontâneos recorrentes e embriões com falhas cromossómicas.
A explicação resulta da metilenotetrahidrofolato reductase (MTHFR) nestas condições poder ter a sua atividade diminuída até 70%. Assim, a conversão de ácido fólico em metilfolato (a forma ativa do ácido fólico) fica comprometida.
Esta variação genética ocorre em cerca de 33% da população portuguesa.
O ácido fólico na sua forma ativa é fundamental para a formação do óvulo, do espermatozóide, mas também do embrião e do feto. Dessa forma, torna-se essencial que a mulher que pretende engravidar e a que está grávida tenha fontes naturais de folato e que a suplementação seja metilada. Contudo, deve-se ter adicionalmente em consideração que nenhum nutriente trabalha de forma isolada e que precisa de outros para executar as suas funções em pleno, pelo que é preciso que não existam carências nutricionais.
Ao identificar-se a existência deste e outros possíveis polimorfismos genéticos e ao perceber como está a condição de saúde no momento do casal, em particular da mulher, permite realizar-se modificações de estilo de vida e hábitos alimentares, para além de conseguir recomendar o suplemento mais adequado para cada gestante ou para cada mulher que quer engravidar.